Não sou a areia
onde desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostadana concha
da vida, sou construção e desmoronamento,servo e senhor, e sou mistério.
A quatro mãos escrevendo o roteiro para o palco de meu tempo:
O meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos a sério.
Por isso q falo e sempre vou falar,
_Eu sou, apenas EU.
Extraído do livro perdas e ganhos de Lya Lutf
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